Ontem uma cena me surpreendeu em “Sangue Bom”. Bárbara Ellen (Giulia Gam), totalmente recuperada após uma temporada no hospício, conversava de costas com sua empregada Tina (Ingrid Guimarães). A serviçal falava palavras doces de carinho e saudade, porém fazia pequenos gestos ofensivos longe dos olhos de sua odiada patroa. Um desses gestos foi esse simpático dedo do meio duplo.
Na hora soltei uma exclamação, pois não lembro de outra situação na qual um gesto considerado tão “ofensivo” aparecesse normalmente assim na novela das 19h. Vale lembrar que após o completo despudor das novelas da década de 1990 (ainda tenho flashes de memória dos peitos da Maitê Proença aparecendo nas primeiras cenas de “Torre de Babel”), seguimos por um processo de conservadorismo do politicamente correto.
Um dos grandes avanços recentes das novelas foi o uso da palavra “merda” em tramas exibidas em horários mais tardios. Já “vadia” hoje é usado como se fosse uma vírgula em qualquer horário. Aqueles mesmos peitos que já me assustaram em uma novela das oito hoje só podem ser exibidos nas tramas das 23h, porém uma bundinha da secretária cabocla de “Amor à Vida” tá liberada às 21h.
Embora para mim tenha sido um choque ver um dedo do meio na novela das sete, não há por que reclamar disso. O gesto já está tão difundido no nosso mundo real que não há razão para implicar com sua replicação no universo ficcional.
Ontem uma cena me surpreendeu em “Sangue Bom”. Bárbara Ellen (Giulia Gam), totalmente recuperada após uma temporada no hospício, conversava de costas com sua empregada Tina (Ingrid Guimarães). A serviçal falava palavras doces de carinho e saudade, porém fazia pequenos gestos ofensivos longe dos olhos de sua odiada patroa. Um desses gestos foi esse simpático dedo do meio duplo.
Na hora soltei uma exclamação, pois não lembro de outra situação na qual um gesto considerado tão “ofensivo” aparecesse normalmente assim na novela das 19h. Vale lembrar que após o completo despudor das novelas da década de 1990 (ainda tenho flashes de memória dos peitos da Maitê Proença aparecendo nas primeiras cenas de “Torre de Babel”), seguimos por um processo de conservadorismo do politicamente correto.
Um dos grandes avanços recentes das novelas foi o uso da palavra “merda” em tramas exibidas em horários mais tardios. Já “vadia” hoje é usado como se fosse uma vírgula em qualquer horário. Aqueles mesmos peitos que já me assustaram em uma novela das oito hoje só podem ser exibidos nas tramas das 23h, porém uma bundinha da secretária cabocla de “Amor à Vida” tá liberada às 21h.
Embora para mim tenha sido um choque ver um dedo do meio na novela das sete, não há por que reclamar disso. O gesto já está tão difundido no nosso mundo real que não há razão para implicar com sua replicação no universo ficcional.
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